FONTE SECANDO
A poesia é como cacimba
donde a água brota límpida,
só que na medida certa.
Ter cuidado na limpeza
é o que faz com certeza
encontrá-la sempre aberta.
O cuidado é por cima
ou a sujeira contamina
o bom líquido oferecido.
Estando sem serventia
e a sede que se sentia
no desejo fica contido.
Tratar o amor com carinho
é o mais certo caminho,
pra manter sempre brotando
os poemas bem rimados.
Sem deixar atos malvados
a sensibilidade ir sufocando.
Engano, desilusão, dissabor
por quem se deu só amor
para o peito é poluição.
São as veias sendo entupidas
nas emoções esquecidas
Num gelado coração.
As rimas não se encaixam
com a desilusão que causaram.
Os poemas vão secando,
a inspiração desaparece
a arte poética padece
com os sentimentos acabando.
Neto Madeiro.
Joaquim de Sousa Madeiro
Enviado por Joaquim de Sousa Madeiro em 30/01/2011
Alterado em 31/01/2011
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.