O entardecer nos faz refletir
Com o brilho da luz esmaecendo
A penumbra sussurrando e dizendo
Tá  na hora de partir

As manhãs cheias de brilho
Os dias mais que frenéticos
Tudo nos vagões e nos trilhos
Partirão sem olhar pra trás
E naquela estação nunca mais

A noite assim vai chegando
Com os medos da escuridão
Não há meio termo, nem ilusão
Só as incertezas do destino
Obrigando continuar refletindo

O coração nesse instante aperta
O trem bala zoando
Tudo está se acabando
É a morte simples e certa.

Neto Madeiro